Páscoa - Risco ou Oportunidade?
- Escrito por Gilberto Quintanilha Júnior
- Publicado em Prevenção de Perdas
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Mal iniciamos fevereiro e já notamos a presença dos ovos de Páscoa em vários estabelecimentos, pois é esta será mais uma aposta para aquecer as vendas do varejo e em um ano onde os consumidores estão mais cautelosos com o orçamento doméstico.
Os varejistas deverão estar mais atentos quanto ao atendimento destes clientes e a tornar a operação das lojas mais segura e produtiva, para isso sugiro a atenção a alguns pontos da operação:
Exposição adequada - a cada ano o tamanho dos ovos diminui, porém o preço não acompanha essa tendência. Outro fator de grande preocupação é a armazenagem destes produtos não somente na retaguarda como principalmente na área de vendas, pois todos os anos nos deparamos com um grande volume de ovos de Páscoa quebrados/amassados gerando impacto direto a margem de venda. Devemos então ter preocupação não somente estética na exposição, como também expor tais itens de forma a diminuir o risco de quebra e reforçar essa preocupação com toda equipe.
Maior fluxo de clientes - sendo a época em que o chocolate é mais consumido, além da prática de presentear a família e em especial as crianças, a preocupação com o fluxo deve ser grande, onde além da exposição mencionada acima, precisamos ter atenção redobrada em sua localização, avaliando junto a quais produtos poderão ser expostos, o que também pode alavancar a venda de outros itens e na estratégia de apresentação destes, garantindo então a venda dos mais desejados modelos.
Operação de caixa - como uma das datas de maior fluxo de clientes como mencionado no item anterior, a frente de caixa (checkout) é uma preocupação a mais, onde devemos estar atentos não somente a operações de cancelamento, troca ou desconto, as quais tem historicamente causado perdas aos varejistas, mas também a produtividade, seja do próprio operador ou de situações que gerem a perda da produtividade, como o atraso de aprovadores, superiores ou fiscais, na liberação de cancelamentos, descontos ou geração de troco. Aqui é sugerida a revisão dos procedimentos, de forma a gerar maior alinhamento e padronização nos processos e a utilização de soluções de gestão de frente de caixa que permitam monitorar a operação e até mesmo criar mais flexibilidade.
Gestão de estoque - por fim e não menos importante, deve haver uma preocupação pontual com a entrada destes produtos, garantir que o recebimento esteja correto e que quebras e faltas sejam identificadas e tratadas. Vale também revisar com a equipe o local e forma adequada do armazenamento de tais itens.
Sugiro ainda a ronda periódica dos fiscais em horários de pico, não somente para acompanhamento de uma reposição mais eficiente, como também para identificar e atuar na inibição de possíveis furtos.
E resumo, o varejo vê na Páscoa uma oportunidade de alavancar as vendas, mas o aumento de estoques e o próprio aumento no fluxo também são geradores de perdas, é por tudo isso que devemos ser mais estratégicos quanto aos itens acima que deverão estar alinhados para que a demanda seja adequadamente atendida e, sobretudo para que o cliente sinta-se encantado e os resultados sejam atingidos.
Boas vendas!