Muito embora no varejo em geral os furtos sejam muito mais representativos do que no segmento de supermercados, devido a basicamente a 2 fatores. Em primeiro lugar, a alta perecibilidade de grande parte do mix de sortimento das mercadorias comercializadas nos supermercados, que geram alto índice de quebras, avarias e produtos vencidos e deteriorados. O segundo fator e o fato de que no varejo não alimentício são comercializados variados tipos de produtos não alimentícios que são alvo de extrema cobiça, como confecções e tênis de grifes, eletroeletrônicos de pequeno e médio porte, telefones moveis e produtos de informática de pequeno porte e alto valor agregado, alem de facilidade para receptação no mercado paralelo.

Ainda assim, os percentuais de furtos e fraudes dentro das perdas supermercadistas são apresentados nas pesquisas realizadas por entidades de reconhecida competência e imparcialidade, divulgados em 2011, tendo como ano base 2010, eles transitam em torno de mais de 40% do total das perdas, o que os caracteriza, senão como principal motivo, pelo menos como extremamente relevantes, de modo a preocupar os supermercadistas que administram seu negocio tendo como base todas as variáveis importantes na gestão moderna.

Sabemos que o segmento de supermercados e caracterizado pelo baixo percentual de rentabilidade final, a chamada ultima linha fica sempre em torno de apenas um digito. Assim, como desprezar um aspecto que podemos estimar como algo em torno da metade da lucratividade liquida. Sim, e isso mesmo. O lucro médio de supermercados tem sido apurado e divulgado por volta de 2 a 3% das vendas. Ora, se as perdas medias divulgadas também transitam em representatividade semelhante, ou seja 2,3% das vendas e os furtos e fraudes são 40% deste total, podemos afirmar que os furtos ultrapassam o percentual de 1% sobre as vendas e desta maneira então, representam algo em torno da metade do lucro!

Diante desta constatação, propomo-nos a abordar este tema espinhoso e ate constrangedor, como uma variável a ser altamente considerada na analise de resultados da gestão de um supermercado.

Em ultima analise, estudar, analisar e  propor ações que combatam e reduzam as fraudes e furtos são fazer gestão neste tão competitivo segmento do varejo, o supermercado.


Furtos são apropriações de mercadorias cometidas por

colaboradores ou terceiros. O furto é classificado em nosso código penal, artigo 151, com penas previstas de 1 a 4 anos, podendo ser aumentado conforme os agravantes. Já as fraudes, previstas no artigo 171, com penas de 1 a 5 anos, são ações ilegais com o objetivo de levar algum tipo de vantagem.


- Tipos de furtos e fraudes

  Podemos citar 3 tipos de furtos e fraude, que ocorrem no varejo, constituindo-se em parte importante dos prejuízos, conforme segue:

1.  FURTOS INTERNOS: cometidos com a participação de colaboradores ( funcionários, terceirizados e prestadores de serviços )

2. FURTOS EXTERNOS: cometidos por “clientes”, pessoas que freqüentam as lojas, algumas inclusive com o propósito inicial de fazer compras e outras com a destinação exclusiva de cometer furtos ou fraudes

3.  FRAUDES NO RECEBIMENTO: cometidos pelos entregadores de mercadorias por descuido ou falta de controle dos conferentes e fiscais.


Também ocorrem ROUBOS e ASSALTOS, este praticados com emprego de violência e até uso de armamento, tratando-se de ocorrências de abrangência da segurança publica.