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Gerenciando a Segurança Empresarial pelas Diretrizes

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Os desafios empresariais estão cada vez maiores, pois as exigências do mercado e o desempenho dos concorrentes estão crescendo rapidamente.

Para fazer frente a esta realidade as empresas necessitam superar continuamente os seus patamares de atuação. Esta superação não é conseguida com a rotina do dia a dia, é necessário alcançar níveis superiores. Estes níveis, segundo Falconi, são alcançados com o gerenciamento pelas diretrizes.


O gerenciamento pelas diretrizes busca atingir as metas que não podem ser alcançadas com a rotina do dia a dia e está voltado para solucionar os problemas prioritários da empresa. Nesta busca, percebemos a importância do gerenciamento dos riscos e a gestão das perdas, pois o alcance das metas passa pela melhoria dos processos.


Quando falamos em gerenciar pelas diretrizes estamos falando de gerenciar utilizando o ciclo PDCA. Na fase P (planejar) são estabelecidas as diretrizes (metas + medidas) para todos os níveis gerenciais e os respectivos planos de ação. Na fase D (executar) são executadas as medidas necessárias para se alcançar as metas, tendo como referência os planos de ação. No terceiro momento, fase C, fazemos a verificação dos resultados e do grau de avanço das medidas. Na última fase (A), fazemos uma análise da diferença entre as metas e os resultados alcançados, determinamos as causas deste desvio e fazemos recomendações das medidas corretivas (contramedidas). Para que o gerenciamento pelas diretrizes aconteça, é essencial cumprir todas as fases deste ciclo.


Este tipo de gerenciamento deve ser utilizado para conduzir as mudanças que são necessárias para que as empresas alcancem as metas. Mudanças necessárias em virtude do mercado impor metas desafiadoras. Neste processo, é necessária a atuação criativa e dedicada de todos os colaboradores.


Existem alguns conceitos importantes para o gerenciamento pelas diretrizes, o primeiro é o conceito de meta. A meta é composta de três partes: objetivo gerencial, valor e prazo. Um exemplo simples seria: reduzir os furtos em 10% até o final do ano. O objetivo gerencial é reduzir os furtos. O valor é 10% e o prazo é até o final do ano.


O segundo conceito é o de diretriz. Diretriz é o somatório da meta e as medidas necessárias para alcança-la. Podemos perceber que as medidas são estabelecidas sobre os meios e a meta sobre os fins. O estabelecimento da diretriz é um processo de planejamento e é estabelecida para resolver problemas. Para que a meta do exemplo anterior seja alcançada é evidente que ações terão que ser tomadas, ou seja, medidas serão necessárias.


Podem existir dois tipos de medida: desdobrável e não desdobrável. O primeiro tipo de medida será executada no nível operacional ou por outros processos. A medida não desdobrável será executada pelo próprio responsável pela diretriz e é transformada em ação.


O terceiro conceito importante é o de problema. Segundo Falconi, problema é um resultado indesejável de um processo. É uma meta não alcançada.


O quarto conceito é o de planejamento. Planejar significa estabelecer um plano, ou seja, um conjunto de medidas para atingir a meta. As fases básicas são: conhecer a meta, analisar o fenômeno, analisar o processo e estabelecer o plano. O plano de ação pode ser apresentado com a técnica 5W 2H (what, who, when, where, why, how e how much). Podemos também usar 5W 1H. Neste caso o H de how much (quanto custa) é trabalhado em separado.


Como a gestão da segurança tem que está alinhada com as metas estratégicas da empresa é lógico que o gestor da segurança empresarial terá que gerir com base em diretrizes. Para este fim, o gestor terá que utilizar com maestria o ciclo PDCA (planejar, executar, controlar e agir). Não é mais possível gerenciar sem planejamento.


As diretrizes do gestor da segurança serão desdobramentos das diretrizes estratégicas. O sistema preventivo e contingencial de segurança serão desenvolvidos para dar suporte ao alcance das metas desenvolvidas pela alta administração, ou seja, a gestão da segurança não é uma coisa a parte, mas sim integrada ao negócio da empresa.


Esta realidade nos faz perceber a importância da formação acadêmica do gestor da segurança empresarial, ou seja, as ações deste profissional ter que ser científica e não empírica. A gestão da segurança é tão importante e complexa quanto a gestão dos demais departamentos da empresa.


Sucesso!!!!!

Nino Ricardo de Menezes Meireles

Engenheiro Civil; Especialista em Consultoria e Gestão de Recursos Humanos; Especialista em Gestão Estratégica de Negócios; Extensão em Administração da Segurança Empresarial; Extensão em Gestão de Riscos Corporativos; Autor dos Livros : Desmitificando a Segurança (Edufba – 2002). Recursos Humanos no Setor de Segurança. O que você precisa saber. (Taba Cultural - 2005). Sistema de Segurança (Étera - 2006). Manual do Gestor da Segurança Corporativa (Étera - 2008). Professor e coordenador do curso de graduação em Gestão da Segurança Privada (Centro Universitário da Bahia – FIB). Professor e coordenador do MBA em Gestão Estratégica da Segurança Corporativa (Centro Universitário da Bahia – FIB). Diretor Bahia da Associação Brasileira de Profissionais de Segurança (Abseg). Consultor e facilitador.

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