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Blog Prof. Carlos

Tecnologia a Favor da Prevenção de Perdas

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Processos, Pessoas e Tecnologias são pilares para a implantação de um Programa de Prevenção de Perdas em uma unidade de Varejo.

É essencial o conhecimento das perdas para que um programa tenha sucesso e os resultados planejados sejam alcançados.

Nesse sentido, a Tecnologia vem para suportar um programa de Prevenção de Perdas agindo como interface entre os pilares mas nunca sendo a solução definitiva.

Dentro do universo de possíveis investimentos em tecnologias para a utilização na Prevenção de Perdas, merecem destaque os seguintes produtos:


EAS ( Eletronic Article Surveilance) ou Proteção Eletrônica de Mercadorias.

Tecnologia que se baseia na utilização de etiquetas com circuitos eletrônicos disponíveis em modelos de papel e plástico(conhecida como etiqueta rígida), sendo aplicada junto aos produtos, o qual dentro de um planejamento, é definido sua proteção.

Para o modelo de papel, essas etiquetas podem ser desativadas através de equipamentos que podem ou não ser instalados juntos aos leitores (scanners) dos caixas, tal situação vai depender da tecnologia utilizada, esse dispositivo tem característica one-way, isto é, não é retirado e acompanha o produto.

Já o modelo rígido, é necessário sua desativação através de equipamentos eletrônicos e/ou manuais. São equipamentos reutilizáveis, criados originalmente para utilização em produtos têxtil.

O sistema se completa com a utilização de Antenas de Alarme posicionados em locais estratégicos no ponto de venda como nas portas de saída, entrada de banheiros, check-out.

Essas antenas são ativadas quando aproximadas de etiquetas eletrônicas não desativadas, em razão de uma falha operacional no caixa, furto de produto, esquecimento do pagamento por parte do cliente, etc. Essa detecção ocorre na aproximação e/ou passagem entre a(s) antena(s) da pessoa de posse de um produto contendo uma etiqueta eletrônica, emitindo sinais sonoros e visuais.

As tecnologias disponíveis hoje no mercado brasileiro são as seguintes:

a) Rádio Freqüência

As antenas (transmissora e receptora), utilizam um sinal de freqüência que varia de 7.4 a 8.8 MHZ.
Ao aproximar uma etiqueta eletrônica das antenas, o transmissor energiza a etiqueta e gera um sinal que é lido pelo receptor. Caso o sinal tenha determinadas propriedades (assinatura) o receptor reconhece a presença da etiqueta e gera um alarme.


b) Acusto Magnético

Um transmissor envia um sinal na freqüência de 58 khz, em pulso.
Se uma etiqueta eletrônica estiver na zona de detecção, ela emite uma outra freqüência única, como um diapasão, da mesma freqüência daquele gerado pelo transmissor, até ser identificado pelo receptor.
Se todos os critérios estiverem corretos (nível e freqüência correta), é gerado um alarme.

c) Eletro Magnético

O Sistema eletro-magnético cria um campo de baixa freqüência, geralmente entre 70hz and 1kHz, variando a intensidade e polaridade, repetindo um cliclo de positivo e negativo.
A presença de uma etiqueta eletrônica, inverte repentinamente este campo, gerando um sinal momentâneo. Se os microcontroladores do sistema identificarem essas freqüências, o alarme é acionado.



CFTV (Circuito Fechado de TV)

Sistema de Monitoramento através de câmeras que permite visualizar todo o processo de controle de acesso de colaboradores e terceiros, fluxo de clientes, locais estratégicos como tesourarias e estoques, área perimetral e operações internas. A evolução tecnológica a cada dia disponibiliza para o mercado uma variedade de produtos e serviços que podem ser adaptados a qualquer estratégia definida pela empresa.

Em geral, o varejo brasileiro utiliza esse recurso para inibir ações de furto na área de vendas das lojas, através de câmeras fixas, speed domes e câmeras falsas. Podem simplesmente estarem dispostas sem qualquer tipo de acompanhamento, como também ser monitoradas através de uma central no próprio ponto de venda e/ou por uma central externa da própria empresa ou terceirizada.

Os sistemas de gravação estão evoluindo. O time-lapse (gravador profissional) está perdendo espaço para os sistemas digitais como placas conectadas no hardware do computador e principalmente, para as soluções fechadas conhecidas como DVR.

Outra evolução que ganha corpo são os sistemas IP’s, onde a própria câmera se conecta a um computador via rede interna, com gravação local através de software específico e disponibilidade de acesso via internet através de um IP fixo para essa câmera.



Alarmes de Presença

Sistema eletrônico de segurança, seu funcionamento se baseia na instalação de sensores de presença em pontos estratégicos definidos de acordo com a política de segurança. Esses sensores possuem a função de detectar movimentos limitados a sua faixa de alcance e enviar mensagens para uma central de alarme local, que pode a partir dessa detecção, emitir um sinal sonoro, realizar ligações telefônicas para os números cadastrados e também, enviar mensagem para uma central de monitoramento externo para a tomada de ações, que pode ser desde um comunicado aos responsáveis e/ou autoridade policial até mesmo, envio de unidade móvel para o local.

Caso a solução implantada possibilite o monitoramento externo, o sistema poderá dispor de outros recursos como botão de pânico, que pode ser acionado por funcionários em situações de furto de produtos, roubo de produtos e numerários e outras situações que sejam necessárias intervenções de terceiros.

Para o sucesso de um Programa de Prevenção de Perdas sustentável, o investimento em tecnologia é fundamental, Deve ser levado em consideração a viabilidade financeira do investimento em relação aos custos e benefícios do projeto.

Carlos Eduardo Santos

Executivo com mais de 20 anos de experiência no Varejo em Prevenção de Perdas, Auditoria, Gestão de Riscos, Segurança Empresarial, Compliance e Controles Internos;
Presidente da ABRAPPE - Associação Brasileira de Prevenção de Perdas;
Professor na Fundação do Instituto de Administração – FIA, PROVAR – Programa de Administração de Varejo e Fundação Dom Cabral;Autor do Livro : Manual de  Planejamento de Prevenção de  Perdas e Gestão de Riscos;
Co-Autor do Livro : Manual de Varejo no Brasil;
Foi Diretor e Executivo em grandes empresas varejistas como Walmart, Lojas Marisa e Lojas Brasileiras;
Criador do Portal Prevenir Perdas;
Graduação em Administração de Empresas e Ciências Jurídicas e MBA em Gestão de Riscos e Segurança Empresarial.Atualmente é Diretor de Prevenção de Perdas e Inovação na Tyco / Johnson Controls

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