Diversificação de carteiras
- Escrito por Jose Francisco Pais
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Segundo, Harry Markowitz, economista ganhador do Prêmio Nobel de Economia em 1990 ao provar que diversificar um portifólio reduz o risco das aplicações de forma relevante, através do seu clássico trabalho “Portfolio Selection” de 1952.
Com isso, determinou a fronteira eficiente de ativos de risco a partir da premissa de selecionar carteiras que maximizassem a taxa de retorno para um dado nível de risco e minimizassem o nível de risco para uma dada taxa de retorno esperada. O objetivo deste estudo é apresentar um modelo de seleção de portfólios a fim de otimizar a relação risco-retorno entre os ativos.
No mercado financeiro, é importante ressaltar que a diversificação reduz apenas o risco não sistemático. Isso se deve ao fato de que quando se diversifica um investimento, o capital total pode sofrer queda relativa a acontecimentos que afetam apenas um dos ativos que compõe a carteira, neste caso os outros ativos podem reduzir as perdas totais, porém o mesmo pode acontecer quando o valor de somente um ativo é afetado de forma positiva, os outros, não sendo afetados, impedirão que os ganhos aumentem na mesma proporção que aumentarão para o ativo que foi afetado positivamente.
É como o investidor divide sua poupança nos diversos ativos financeiros e reais, como colocar 10% de seu dinheiro guardado na caderneta de poupança, 50% em fundos de renda fixa, 20% em fundo imobiliário e 20% em ações.
A diversificação ajuda a reduzir os riscos de perdas de um portifólio composto por ativos financeiros, avaliando a melhor combinação entre risco-retorno.
É o velho ditado: “não coloque todos os ovos numa única cesta”. Desta forma, quando um investimento não estiver indo muito bem, os outros podem compensar, de forma que na média não se tenha perdas mais expressivas.
Imagine uma pessoa que compre 100% de sua poupança em ações de uma empresa que venha a falir! Da noite para o dia este investidor perdeu todo o seu dinheiro. Melhor então dividir a poupança em vários investimentos, mesmo que seja entre diversas ações, de diferentes nichos de mercado.
A forma como a pessoa diversifica suas aplicações depende de seu perfil como investidor, especialmente do nível de risco que aceita, do prazo que espera obter rendimento, de seus objetivos de vida, e do volume de dinheiro que pode investir.
Uma pessoa com pequena poupança tem menor capacidade de diversificar que uma pessoa com muito dinheiro. Quem tem dez mil reais não pode querer investir uma parte em imóveis, o que é possível para quem tem um milhão de reais, por exemplo.
O ideal na diversificação é incluir ativos mais e menos líquidos, com maior e menor nível de risco e rentabilidade, de vários mercados, de forma a reduzir o risco geral da carteira de perdas provocadas por uma rentabilidade baixa ou negativa de um único ativo. E dentro de um mesmo mercado, como o de ações, o mais recomendado é diversificar a carteira em vários papéis, novamente com o objetivo de reduzir os riscos.
Jose Francisco Pais
Profissional com experiência de mais de 26 anos na área financeira e bancária, com aptidão na identificação de oportunidades de novos negócios, no apoio a estratégia comercial e no desenvolvimento de produtos e serviços. Focado no desenvolvimento de ações de negócios, direcionadas à rede de agências e de postos de atendimento bancário em todo território nacional, no qual desenvolveu conhecimentos na área gerencial, inclusive ministrando diversas palestras motivacionais e cursos específicos na área financeira. Conhecimentos adquiridos na atuação como, Gerente de Relacionamento, Gerente de Negócios, Gerente e Consultor Financeiro de Investimentos e Coordenador Líder de Equipes. Possui experiência em negociação bancária, fluxo caixa, investimentos, aplicações financeiras, cálculos financeiros. Graduado em Finanças e Pós-graduado em Gerenciamento Empresarial, exercendo também a docência há quatro anos, como professor universitário.