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Painel de Entrevistas

Perspectivas para a Segurança

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A segurança patrimonial desde o início de sua exploração comercial e regulamentada, sempre foi pautada pela implantação e utilização de recursos humanos para prover a segurança das instituições.

A pouco tempo o que se queria da segurança eram os conhecidos “armários”, ou seja, pessoas grandes, fortes, com pouca capacidade de raciocínio e que agiam sempre através da força. A atuação da área de segurança era a de correr atrás das ocorrências já que sua análise e gerenciamento era coisa dos estudiosos, acadêmicos e outros.

Esta visão mudou um pouco com o tempo, passando a segurança a utilizar-se de meios técnicos capazes de auxiliarem nas ações da segurança, mas o foco principal era a utilização de recursos humanos.

Passamos por uma mudança de concepção de segurança, não baseada no emprego de brutamontes, mas utilização dos recursos humanos com o apoio da tecnologia.

O foco da segurança deixou de ser reativo passando a proativo, ou seja, estar preparado para as contingências que se colocam, através de estudos, planos e planejamento. A segurança passou a se preocupar com a “prevenção de perdas” em amplo geral, não mais somente se preocupar com a ocorrência verificada, mas também com todas suas implicações.

As perdas não são vistas como antes, quando levávamos em conta apenas o valor subtraído, hoje estamos atentos à todas as perdas geradas. Perdas como de imagem, de horas paradas, deslocamentos para atendimento da ocorrência, atendimentos posteriores à ocorrência, perdas na produtividade, afastamento de funcionários e outros.

Passada a fase dos recursos humanos, vem a fase dos recursos humanos apoiados pela tecnologia, mas agora quais as principais tendências para a área da segurança privada?


Tendências

As principais tendências que verifico são:

1. Capacitação: A tecnologia empregada na segurança privada vem se desenvolvendo rapidamente, já que normalmente está baseada em equipamentos controlados por sistemas de computadores, e está utilização faz com que os profissionais de segurança estejam sempre atualizados e capacitados a sua utilização.

A capacitação também se apresenta como uma necessidade do mercado por profissionais com formação acadêmica, não mais basta ser egresso de uma instituição de segurança pública para se ter uma oportunidade melhor. Os gestores de segurança estão se formando nas universidades brasileiras e alguns com cursos no exterior estão demonstrando que esta formação é primordial no tratamento dos assuntos da segurança. Conhecimentos que antes eram “atribuição” da administração já não o são mais. O profissional de segurança tem que entender de Administração, Contabilidade, Gestão de Negócios, Administração Financeira, Gestão de Pessoas, Estatísticas, Criminologia e outras áreas que juntamente com sua experiência formam o arcabouço necessário para gerir a segurança patrimonial.

A capacitação será necessária para todos os níveis de atuação da segurança, já que sistemas mais complexos de computação necessitarão de profissionais de segurança habilitados a operarem tais sistemas.

2. Apoio de Tecnologia: O apoio de tecnologia tende a aumentar gradativamente. Os sistemas de informática possuem uma velocidade de inovação difícil de ser acompanhada, mas o avanço da tecnologia não poderá substituir completamente os recursos humanos, mas seu apoio às decisões das pessoas estarão mais presentes. Os sistemas ditos inteligentes terão uma participação importante nas ações da segurança privada. Grande parte das ações a serem tomadas pelo corpo de segurança estarão parametrizadas e pré definidas, tirando do operador da segurança a responsabilidade em decidir sob estresse ou pressão qual a atitude a tomar, somente decisões críticas serão tomadas pelos Gestores da segurança privada, minimizando erros e abordagens desastradas.

3. Conhecimento: Cada vez mais verificamos a necessidade de termos informações à tempo e hora, muitas ações poderiam ser evitadas com o acesso às informações. Esta busca por informações devem aumentar já que de posse delas poderemos atuar maneira proativa, não mais reativa. A facilidade da busca de informações nos dias de hoje são fatores preponderantes na tomada de decisão nas empresas, e assim deve ser também na área da segurança privada. Saber dos movimentos com antecedência pode levar a uma proteção efetiva do patrimônio da empresa tangível ou não.

São estas as principais tendências e temos que estar preparados hoje para que quando necessário possamos apresentar as soluções requisitadas.



Reflexos

O principal reflexo das tendências citadas é a redução do emprego dos recursos humanos na segurança privada já que a utilização dos recursos tecnológicos modernos terão uma atuação mais efetiva na segurança. Esta redução de recursos humanos e emprego de tecnologia obrigarão os integrantes da segurança a buscar uma maior capacitação para sua operação.

A necessidade de conhecimento buscará no mercado por profissionais capazes de tratar as informações de maneira inteligente, produzindo conhecimento para a segurança privada, conhecimento este necessário à prevenção de perdas.

Portanto temos um grande desafio pela frente e como eles são um fator de motivação, vamos enfrentá-los e buscar as habilidades necessárias para gerirmos a segurança privada.

Edilson de Souza Melo

Edilson de Souza Melo, Security Officer formado pela IMI – Israel Military Industries, Consultor em Segurança, com grande experiência em Planejamento de Segurança atuando em Grandes Condomínios e Empresas. Participei da Equipe de Projetos Especiais do Banespa e funcionário da Secretaria de Assuntos Estratégicos da Presidência da República – Departamento de Inteligência.

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