Primeiro nós gostaríamos de saber um pouco da sua historia? O que te motivou a trabalhar com prevenção de perdas? Onde trabalha? Conta um pouquinho da sua trajetória profissional.

Iniciei minha trajetória com prevenção através da segurança patrimonial, sempre gostei de desafios, e essa área traz muitos, acabei me identificando muito com esse trabalho, e hoje, não me imagino fora da área.
Trabalho atualmente na Unidasul, como gestor de segurança patrimonial, onde respondo pela prevenção de perdas e auditoria. A Unidasul é uma holding, representada no varejo pelas bandeiras Rissul e Macromix. Posso dizer que trabalhei em todas as fases da operação, desde o seu início, fui agente de prevenção, atuando no chão de loja, depois fui encarregado de prevenção, instrutor, auditor, gerente operacional e por fim, Gestor.
Aprendi muito nessas funções, e isso me serve hoje como base para projetos e decisões. Você foge um pouco da teoria, já sentiu essa dificuldade, e isso proporciona uma visão sistêmica ao gestor.

Como está o nível de maturidade da prevenção de perdas no RS?

Estamos sempre caminhando pro desenvolvimento e qualificação. As limitações de atuação, impostas pelas empresas, acabavam impedindo esse crescimento e maturidade.
Talvez o empresário aqui no sul fosse um pouco resistente a prevenção, mas os acontecimentos da economia, e principalmente os resultados apresentados, tem feito que se invista no campo, consequentemente, proporcionando o amadurecimento do profissional.

Quais expectativas como coordenador da CPAR RS?

Espero consolidar o CPAR RS através da disseminação dos conhecimentos. A multiplicação das boas práticas, vai proporcionar aos profissionais laboratórios, onde usarão a forma que mais favorecer seu resultado.

Na sua opinião, os empresários do seu Estado realmente entendem a prevenção de perdas como uma boa pratica de gestão para aumentar a lucratividade ou estão fazendo isto porque os grandes varejistas o fazem, quer dizer realmente eles dão apoio aos profissionais de prevenção de perdas no RS?

Acredito que sim, ao menos atualmente. Claro que houve a influência dos grandes varejistas, mas o empresariado identificou ali, uma oportunidade de manter parte de seus lucros, que anteriormente saiam pela porta, ou pela lixeira. É simples, tem vários montes de dinheiro em cima da mesa, e cada um quer o seu. A prevenção entrega um desses montes ao empresariado.

Nesse período de retração econômica, como está sendo o papel da área de Prevenção de Perdas? Como você analisa o atual momento da Prevenção de Perdas no Brasil.

A prevenção tem sido de extrema importância no momento atual, atuamos no detalhe. Manter uma acuracidade no estoque, entregando informações fidedignas é muito importante. Contribuir para que não aconteçam rupturas no ponto de venda, vencimento no depósito, avarias, dentre tantas as formas de contribuição para o resultado, e satisfação dos clientes.
Como mencionei anteriormente, é nesse momento que fazemos a diferença, e conseguimos reconhecimento.

Nosso portal é fonte de informação para muitos jovens profissionais. Em sua opinião, qual formação acadêmica ideal para o jovem que deseja ingressar nessa área?

Toda formação deve ser visto como positiva, pois o conhecimento é algo que ninguém pode nos tirar. Mas se tratando de prevenção, acredito que cursos voltados para administração e direito. Ou cursos tecnólogos, como Processos gerenciais e Gestão de segurança Privada.

Deixe um recado final sobre o papel da prevenção de perdas, sua importância e como você vê a prevenção de perdas no futuro do Brasil?

Procurem fazer sempre o melhor no desempenho de suas funções, tenham a convicção da sua importância dentro da organização, e tenha a certeza, que nosso futuro, atuando na prevenção de perdas,  será próspero, muito próspero. Esse reconhecimento já está aqui, já provamos isso, e agora, queremos mais.