Euroshop 2011 e Prevenção de Perdas - Tendências e Soluções
- Escrito por Anderson Ozawa
- Publicado em Prevenção de Perdas
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Em Fevereiro deste ano estive visitando a Euroshop, mega feira internacional voltada para as operações de varejo, em Dusseldorf, na Alemanha, que acontece a cada 3 anos.
A feita reúne milhares de expositores com soluções e produtos voltados para Arquitetura, Visual Merchandising, Promoção no Ponto de Venda, Construção de Lojas, Tecnologia e Prevenção de Perdas e Segurança. Encontrei diversos representantes de empresas varejistas nesta feira, de diversos segmentos, como roupas, supermercados, drogarias, entre outros.
Porém, é muito importante ressaltar a função estratégica da prevenção de perdas na empresa, aonde o foco não está somente no tema específico que lhe compete. Eu andei por todos os stands da feira e a cada passo, a operação de lojas e a prevenção de perdas alinhavam-se cada vez mais.
É claro que busquei as soluções usuais, como, EAS, CFTV, softwares de monitoramento de operações de caixa, mas, também, em outros stands, dezenas de soluções que aparentemente são na essência de outras frentes, acabam convergindo para a redução das perdas de inventário e quebras operacionais.
Como exemplo, posso falar de vários tipos de expositores de produtos, que melhoram a disponibilidade ao cliente, mas, que também protegem. Desde os "pushers" para produtos de perfumaria até equipamentos para acessórios e roupas.
Uma novidade que está próxima de tornar-se realidade, após diversos anos, testes e fracassos, é o RFID. Com grande avanço no segmento de varejo têxtil nos últimos anos, esta nova tecnologia que no início estava restrita conceitualmente à prevenção de perdas, agora tem seu conceito ampliado e aplicado concretamente para toda a cadeia de suprimento e para identificar o perfil dos clientes.
A aplicação do RFID contempla nos modelos em teste, todas as informações logísticas do produto, desde o tempo de recebimento no CD até sua chegada na loja, aonde ele está localizado, quanto tempo ficou na loja, quando foi vendido e para quem foi vendido. Além de tudo isso, acreditem, também irá proteger o produto, com a junção na etiqueta anti-furto da tecnlogia AM ou RF.
Para operações de inventário, o grande ponto de evolução será sua realização em menos de 1 hora, seja na loja, seja no CD.
Um modelo interessante foi o uso do RFID para lojas de roupas, aonde experimentei o uso de uma roupa com essa etiqueta inteligente e ao ficar em frente a um espelho, ele reflete sua imagem com a peça utilizada e sugere outras peças pré-definidas pela área de estilo da loja, montando combinações que o cliente pode comprar também, além da peça original.
Melhorar os índices de perda, significa a melhora dos índices de ruptura, ou seja, o produto estará disponível ao cliente para venda. Com o aumento da venda e a redução das perdas, o resultado final das perdas em índice percentual será cada vez menor.
Um bom momento desta viagem foi a oportunidade de conhecer a loja do futuro "Real Future Store", desenvolvida pela Metro Group. Este supermercado conceito reúne algumas funcionalidades futuristas como seções que simulam ambientes, exemplo a peixaria aonde o odor de peixe, que é um dos pontos negativos deste setor é inibido e, sons de peixes, mar e imagens projetadas do fundo do mar no piso da loja. Nas áreas de venda de cd's e bicicletas é possível fazer com que o cliente escute somente a música ambiente ou o cd que deseja adquirir.
Bom, é isso, o futuro nos reserva muitas ferramentas e soluções para reduzir e prevenir perdas, mas, sobretudo, para melhorar nossa gestão e o negócio, aumentando as vendas, a eficiência e eficácia das operações, e conseqüentemente, os lucros.