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Falta de leite longa vida nos supermercados chega a 22,7% e bate recorde em julho

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Outro item que registrou alto índice de interrupção em julho foi o papel higiênico

A indisponibilidade do leite UHT nas prateleiras das redes de mercados, supermercados e atacarejos bateu recorde em três anos e meio, atingindo 22,7% em julho. É o maior índice de falta de leite nas gôndolas desde janeiro de 2019, de acordo com o indicador divulgado mensalmente pela Neogrid, empresa especializada em soluções em inteligência artificial para as cadeias de suprimentos.
 
A boa notícia é que o leite deve voltar a apresentar preços mais baixos em curto prazo. “No momento, o varejo não está querendo comprar porque não está vendendo muito e não quer correr riscos. No entanto, daqui a pouco, as indústrias devem começar a fazer promoções e o varejo percebe isso”, afirma o diretor de Customer Success da Neogrid, Robson Munhoz.
 
Outro item que registrou alto índice de interrupção em julho foi o papel higiênico, com 16,4%, contra 10,4% em junho. Esse foi o maior salto entre as categorias no período e decorre da ruptura por mix, quando o comerciante se é realmente necessário adquirir várias marcas em um cenário de preços elevados.
 
“Se o estabelecimento tem três ou quatro fabricantes de papel higiênico, passa a trabalhar com dois. Ele vai reduzir um pouco a oferta esperando uma recomposição do preço no mercado”, explica Munhoz.
 
Índice geral
Já o Índice de Ruptura Geral apresentou ligeira alta em julho, de 11,30%, comparado aos 11% registrado em junho. Os estoques e as vendas por unidades também aumentaram um pouco nas redes de supermercados.
 
Embora em um contexto de deflação de 0,68%, registrada em julho pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), os preços dos alimentos subiram 1,30% no período, segundo o indicador do IBGE.
 
“O índice de ruptura em julho evidencia a manutenção do processo do varejista comprar somente o que está vendendo com medo de vir mais aumento, mas ele também está segurando com receio da deflação”, analisa Munhoz.
 
Ovos seguem em destaque na cesta de proteínas
Uma outra pesquisa, da Horus, empresa de inteligência de mercado, identificou as categorias de alimentos que tiveram destaque no mês de julho.
 
Pelo levantamento, ovos, linguiça e frango tiveram aumento na presença do carrinho de compras, funcionando como substitutos em face do aumento do preço da carne bovina.
 
Os ovos também são destaque na cesta de consumo, já que representam a opção mais barata da cesta de proteínas, impulsionando um crescimento de presença do item nos carrinhos. Os dados mostram que o item teve aumento de preço em 18,7% na comparação com o primeiro semestre do ano passado e esteve presente em 14% das compras dos brasileiros.
 
Já o frango registrou 21% de incidência em 2022 e foi a proteína mais presente na lista de compras no primeiro semestre, com alta de 20,9% no preço médio na comparação com o mesmo período de 2021.
 
Dentre as proteínas analisadas, a carne suína foi a única que teve queda no preço médio, chegando ao valor de R$ 17,36 no primeiro semestre de 2022, e ainda teve aumento de presença nos carrinhos.
 
 
Fonte: Mercado e Consumo
Publicado originalmente em:https://mercadoeconsumo.com.br/27/08/2022/noticias-varejo/falta-de-leite-longa-vida-nos-supermercados-chega-a-227-e-bate-recorde-em-julho/
Imagem Pixabay. 
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