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Gerenciamento de Riscos Corporativos - Histórico

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No mundo de incerteza em que vivemos, aprendemos a conviver com os riscos desde o momento de nossa concepção e mesmo sem o conhecimento teórico básico, aprendemos na prática a identificá-los e estabelecer critérios de convivência independente de sua concretização.

Nesse contexto podemos conceituar genericamente os riscos como acontecimentos e situações identificadas com previsibilidade de sofrer ou não interferências de variáveis internas e externas do ambiente em questão, cuja materialização tem como conseqüência um prejuízo financeiro seja ele de qualquer natureza.

Segundo Baraldi, “Riscos são elementos incertos e as expectativas que agem constantemente sobre os meios estratégicos e o ambiente e que provocam desastres financeiros e morais e, por consequência, se bem gerenciados, forçam a criatividade e fazem nascer as oportunidades.”

Assim como na vida, as empresas passam pelo mesmo dilema em sua gestão, que riscos assumir? Que riscos mitigar? Que riscos reduzir?

Essa indefinição foi impulsionada durante a história por vários acontecimentos que ao passar do tempo, foram influenciando as empresas a Gerenciar os seus riscos como fator fundamental para a manutenção da atividade da empresa, assim como, ferramenta para desenvolvimento e crescimento do negócio.

Fatores históricos como as Guerras, onde os generais estrategistas tinham na análise dos riscos o alicerce para tomada das decisões. As reduções dos prêmios de seguro, como uma forma de viabilizar os custos nas apólices através da análise dos riscos, de acordo com o potencial de materialização dos perigos eminentes e a preocupação dos Bancos e Instituições Financeiras, com relação a análise para concessão de créditos aos seus clientes, com objetivo de redução das inadimplências, influenciaram diretamente a preocupação atual com os riscos tanto na análise tática como na sua aplicação.

Porém, o fator preponderante que influenciou a preocupação das empresas com os riscos, se deu pelos escândalos financeiros que ocorreram nos Estados Unidos em 2001, através da falência de empresas nos EUA com participação indireta de Auditorias Externas renomadas.

Tal situação impulsionou a criação de comitês e leis específicas, como o COSO, Sarbanes Oxley, circulares e resoluções, disciplinando os riscos e controles nas organizações.



Artigo extraído do Livro "Prevenção de Perdas e Gestão de Riscos" - Manual de Planejamento.

Carlos Eduardo Santos

Executivo com mais de 20 anos de experiência no Varejo em Prevenção de Perdas, Auditoria, Gestão de Riscos, Segurança Empresarial, Compliance e Controles Internos;
Presidente da ABRAPPE - Associação Brasileira de Prevenção de Perdas;
Professor na Fundação do Instituto de Administração – FIA, PROVAR – Programa de Administração de Varejo e Fundação Dom Cabral;Autor do Livro : Manual de  Planejamento de Prevenção de  Perdas e Gestão de Riscos;
Co-Autor do Livro : Manual de Varejo no Brasil;
Foi Diretor e Executivo em grandes empresas varejistas como Walmart, Lojas Marisa e Lojas Brasileiras;
Criador do Portal Prevenir Perdas;
Graduação em Administração de Empresas e Ciências Jurídicas e MBA em Gestão de Riscos e Segurança Empresarial.Atualmente é Diretor de Prevenção de Perdas e Inovação na Tyco / Johnson Controls

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