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Trocas são Perdas?

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Afinal de contas, as Trocas são consideradas Perdas?

Esse difícil entendimento, acaba gerando nas empresas discussões quanto ao modelo padronizado de operação e mensuração, dificultando a comparação entre os varejistas.

Primeiramente vamos aos conceitos:

Podemos conceituar as Perdas genericamente como as ocorrências que geram impacto negativo aos negócios da empresa, gerando prejuízo e reduzindo os lucros, conforme divisão abaixo:
- Perdas de Estoque
- Perdas Financeiras
- Perdas Comerciais
- Perdas de Produtividade
- Perdas Administrativas
- Perdas Legais.


Perdas de Estoque

Também conhecida como Perda de Inventário, é obtida através do resultado da diferença entre os estoques contábil e físico apurado na ocasião do Inventário Físico de Mercadorias.
Suas causas são:
a) Furto interno: É o Furto causado por colaboradores e funcionários
b) Furto Externo: É o furto causado por clientes
c) Quebras operacionais: São as avarias causadas as mercadorias por movimentação e acondicionamentos inadequados assim como, prazos de validade expirados.
d) Erros Administrativos: São as falhas de processos que causam distorções no estoque contábil
e) Fraude de Terceiros: São as fraudes cometidas por transportadoras e fornecedores no processo de distribuição e entrega de mercadorias


Perdas Financeiras

São perdas originadas pela ineficiência nas operações financeiras da empresa, tais como pagamentos indevidos, inadimplência, custo de oportunidade, fraudes nas operações de crédito, assaltos, fraudes nas operações eletrônicas, entre outras causas.

Podemos conceituar as trocas, como os produtos que perderam seu valor original de venda por influência direta e/ou indireta das pessoas, assim como pela deterioração natural ou prazo de validade expirado, que através de acordo comercial previamente definido, o fornecedor se compromete a substituir os produtos na exata quantidade ou percentual negociado, permitir o abatimento proporcional nos títulos pendentes ou emissão de crédito para restituição.

Como as trocas na ocasião dos inventários físicos de mercadorias são consideradas nas contagens, isto é, fazem parte do estoque físico, afasta-se a possibilidade de perdas de estoque.

Porém, é importante destacar as perdas decorrentes dessa situação, notadamente conhecida como custo de oportunidade, pois o produto sem condição de venda, permanece no estoque até o momento efetivo da sua troca, tendo a empresa a impossibilidade de sua venda e como conseqüência, a geração de uma perda financeira.

Outro impacto negativo importante, diz respeito ao aumento dos custos de estocagem, aumento do giro e dificuldades para dimensionamento e cálculo da cobertura de estoque, pois a mercadoria pendente de troca, muitas vezes, não é segregada das demais mercadorias em condições de venda, sendo visualizadas num estoque único. O desafio da empresas, é monitorar esse tipo de perda, segregar o estoque e efetuar a troca o mais rápido possível ou negociar uma condição comercial que permita maior agilidade nesse processo.

Carlos Eduardo Santos

Executivo com mais de 20 anos de experiência no Varejo em Prevenção de Perdas, Auditoria, Gestão de Riscos, Segurança Empresarial, Compliance e Controles Internos;
Presidente da ABRAPPE - Associação Brasileira de Prevenção de Perdas;
Professor na Fundação do Instituto de Administração – FIA, PROVAR – Programa de Administração de Varejo e Fundação Dom Cabral;Autor do Livro : Manual de  Planejamento de Prevenção de  Perdas e Gestão de Riscos;
Co-Autor do Livro : Manual de Varejo no Brasil;
Foi Diretor e Executivo em grandes empresas varejistas como Walmart, Lojas Marisa e Lojas Brasileiras;
Criador do Portal Prevenir Perdas;
Graduação em Administração de Empresas e Ciências Jurídicas e MBA em Gestão de Riscos e Segurança Empresarial.Atualmente é Diretor de Prevenção de Perdas e Inovação na Tyco / Johnson Controls

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