Prevenção de Perdas no varejo na Logística Atual
- Escrito por Marcos Altemari de Oliveira
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Operação x Prevenção
Na atividade Logística moderna a ocorrência de perdas ocasionadas pelos mais diversos fatores constitui-se em um grande problema cujo maior impacto é a elevação de custos, impactando preços finais de produtos e/ou serviços.
São diversas as causas que originam perdas, no processo logístico, mas não há como deixar de relatar, as perdas ocasionadas por furtos, roubos, fraudes, desvios e sabotagem de produtos, qualquer que seja a etapa analisada em todo o processo. Ou seja, no caso especifico do varejo, do Centro de Distribuição ao Ponto de Venda, a constatação de perdas é um evento com alguma probabilidade de ocorrer e é dependente de fatores internos e externos, cuja amplitude e causas precisam ser conhecidas. Por outro lado, se o conceito de logística encerra um conteúdo de disponibilização do produto (ou serviço) no local certo, em tempo ajustado e com requisitos de segurança corretos, qualquer sinistro que venha a ocorrer, implicará em quebra do conceito inicial, ou seja, o produto não chegou ao destino ou não chegou como deveria chegar.
O que deverá alterar este panorama são exatamente em quais proporções as ferramentas de mitigação de riscos, objetivando reduzir perdas, vão ser usadas, e quais são estas ferramentas.
Ainda no caso do varejo, a Operação (Logística e Venda) normalmente se constitui na principal atividade na maior parte das Corporações em questão, recebendo toda atenção possível, para que o produto chegue ao PDV no tempo certo. O grande problema é que a perda é também um evento relacionado a esta atividade, ou seja, à Operação. Se não houver atividade logística, pode não haver perda, o que é compreensível, pois não são eventos mutuamente exclusivos.
Não haverá Operação saudável se não houver Prevenção de Perdas eficaz. E para que isso ocorra deve haver alinhamento de objetivos, e escolha do melhor ferramental possível para reduzir as perdas. Neste caso é fundamental uma avaliação abrangente dos riscos envolvidos na operação como um todo. Neste ponto, quando falamos de varejo, o fato do produto ter sido entregue no tempo certo e local certo, não significa que houve conclusão da operação.
Ele, o produto, ainda pode ser “perdido” na loja, destruído, consumido, furtado ou ter sua validade vencida, bem antes de ser vendido, implicando elevação de custos.
Para tanto, ferramentais tecnológicos e humanos devem ser desenvolvidos e aplicados ao contexto. Os inventários de produtos devem ser compreendidos como uma extensão da Operação. A análise, avaliação e dimensionamento dos riscos devem ser conduzidos de forma contínua, em todo o processo e não separando o transporte do produto da sua permanência ou não na prateleira como eventos distintos.
Finalizando, se na etapa do transporte, tecnologia e métodos são aplicados, no varejo o tratamento deve ser igual. É preciso usar toda tecnologia e inteligência possíveis para identificar ralos e caminhos, com os quais produtos diversos desaparecem, perdem-se ou estragam.
Marcos Altemari de Oliveira
Administrador de Empresas graduado pela Faculdade Oswaldo Cruz, especialização MBS - Segurança Corporativa pela Universidad de Bayamón (Puerto Rico), Pós Graduação em Segurança Empresarial pela Universidad de Comillas(Spain) e MBA – Gestão de Riscos e Segurança Empresarial pela Faculdade de Administração São Paulo/ Brasiliano & Associados. Especialista em Segurança Empresarial, Gestão de Riscos/ Fraudes Empresariais e Prevenção de Perdas. Coordenador do Grupo de Esrtudos de Segurança Logística da ABSO(Associação Brasileira dos Profissionais em Segurança Orgânica) e Gerente Sênior de Riscos de Multinacional Varejista.